quarta-feira, 21 de outubro de 2015

17 doenças raras e estranhas estudadas pela ciência

Marina Demartini
EXAME.com 

Fox Photos/Getty Images 

Raridades médicas


São Paulo – Você sabia que algumas pessoas acreditam que estão mortas? Ou que outras têm uma mão com vida própria? Além de bizarras, ambas as descrições são sintomas de doenças extremamente raras que atingem uma pequena porção da sociedade.

A galeria a seguir apresenta estas e outras síndromes que amedrontam muitas pessoas. Nela, você verá as principais causas e os tratamentos sugeridos peloscientistas. Vale lembrar: se você é hipocondríaco esta galeria pode lhe deixar um pouco assustado. O aviso foi dado. 

  • Síndrome de Alice no País das Maravilhas


 Há 150 anos, o livro “Alice no País das Maravilhas”, escrito por Lewis Carroll, foi publicado e encantou milhões de pessoas no mundo. Em 1955, 90 anos depois da primeira impressão do best-seller, o psiquiatra John Todd descobriu que alguns de seus pacientes tinham as mesmas experiências vividas pela personagem da obra.

Eles sentiam que os objetos ao seu redor eram desproporcionalmente grandes ou pequenos. Além disso, eles tinham alucinações comparáveis a de um usuário de LSD, como a falta de noção de tempo. As sensações podiam ocorrer várias vezes ao dia e durar de minutos a semanas. 

Leitor assíduo de Carroll, Todd chamou a síndrome de “Alice no País das Maravilhas”, mas muitos a também chamam de Síndrome de Todd. A doença está associada a tumores cerebrais e ao uso de drogas psicoativas, como cogumelos alucinógenos e LSD. No entanto, sua principal causa é a enxaqueca. A síndrome afeta, geralmente, crianças e adultos que têm dores de cabeça constantes. 

A doutora Sheena Aurora, uma neurologista especialista em enxaqueca da Universidade de Stanford, foi a primeira cientista a fazer uma ressonância magnética no cérebro de uma pessoa durante uma das crises. De acordo com Aurora, em entrevista ao The New York Times, a atividade elétrica da doença causava um fluxo sanguíneo exagerado nas partes do cérebro que controlam a visão, a forma e o tamanho.

O tratamento para a síndrome é muito parecido com o da enxaqueca. O paciente precisa ingerir muitos líquidos, comer comidas leves, descansar em algum local escuro e tomar remédios para a dor de cabeça. 

  • Transtorno de Pica


A denominação vem do latim e significa "pega", um pássaro conhecido por comer tudo que vê pela frente. Como o animal, quem sofre desse mal ingere substâncias não-comestíveis, desde vômito, fezes e sangue até pedra, madeira e cabelo, por mais de um mês.

Claro que comer coisas tão estranhas pode causar problemas sérios para as pessoas com o transtorno. Por exemplo, intoxicação por chumbo pode resultar da ingestão de pintura ou gesso e o consumo de bolas de pelo podem causar obstrução intestinal.

Os cientistas ainda não sabem o que causa o Transtorno de Pica. Porém, muitos acreditam que ela está ligada a traços culturais. Pessoas em alguns países da África e da China consomem terra devido à falta de alimentos ricos em ferro, por exemplo.

Outros pesquisadores pensam que o transtorno está ligado a doenças psíquicas, como a esquizofrenia. Geralmente, mulheres grávidas e crianças com problemas de crescimento desenvolvem o Transtorno de Pica.

A doença pode ser tratada de várias maneiras, dependendo do que a pessoa ingeriu. Geralmente, o paciente só precisa mudar a dieta, pois está faltando algum tipo de específico de vitamina no corpo.

  • Delírio de Capgras

Já imaginou ver seu pai e acreditar piamente que ele é, na realidade, um impostor? É esta ilusão que é fabricada na mente de quem tem o delírio de Capgras. A doença foi descrita pela primeira vez em 1923 por Jean Marie Joseph Capgras e Jean Reboul-Lachaux.

Também chamada de síndrome de Capgras, o mal envolve erros de identificação a respeito de pessoas, lugares ou objetos. Confundida com a esquizofrenia, ela pode ocorrer de forma aguda, passageira ou grave.

As causas do delírio ainda não foram encontradas. Porém, um artigo dos psicólogos Hadyn Ellis e Andy Young, levanta a hipótese de que a capacidade de reconhecimento das pessoas com a síndrome funciona normalmente. No entanto, elas podem ter danificado a sua habilidade emocional de reconhecer seres humanos.

Segundo o artigo publicado no British Journal of Psychiatry, os pacientes têm a sensação de que conhecem o indivíduo, mas sentem que há algo errado com este amigo ou cônjuge.

O tratamento indicado é a terapia individual para tratar os delírios. Além disso, medicamentos antipsicóticos são utilizados para enfraquecer a doença. 

  • Síndrome de Stendhal

Você já ficou encantado com uma pintura ou uma paisagem natural? Calma, isto não significa que você está doente. Porém, se você sente taquicardia, tonturas e até alucinações quando está observando uma obra de arte com características marcantes, talvez você tenha a Síndrome de Stendhal.

A doença foi pela primeira vez descrita pelo escritor Marie-Henri Beyle (que usava o pseudônimo Stendhal), em 1817. Em seu livro “Nápoles e Florença: uma jornada de Milão ao Reggio”, ele conta sua experiência com o fenômeno quando foi visitar a Basílica de Santa Croce. O escritor sentiu palpitações e nervosismo quando viu os afrescos do pintor Giotto.

Após 170 anos da publicação do livro, a psiquiatra italiana Graziella Magherini encontrou evidências de que o surto emocional do escritor era uma doença. Ela examinou 107 pessoas que visitaram a cidade de Florença, na Itália, e que tiveram as mesmas reações que Stendhal ao observar obras de arte.

Ela disse que as vítimas da síndrome são, geralmente, homens e mulheres solteiros entre 26 e 40 anos, que estão viajando sozinhos. Além disso, mais da metade dos hospitalizados em seu estudo tiverem contato prévio com um psicólogo ou psiquiatra. Segundo Magherini, em entrevista ao The New York Times, os pacientes se recuperam após alguns dias de descanso.

  • Síndrome de Diógenes


Diógenes de Sínope foi um filósofo grego que representava o cinismo, uma corrente que prega o desapego aos bens materiais. Ele levava muito a sério a filosofia e, por isso, vivia em um barril e tinha apenas uma túnica, um cajado e uma tigela.

Você deve imaginar que as pessoas que sofrem da Síndrome de Diógenes devem ser como o filósofo: desapegados. No entanto, esse epônimo tem sido criticado por duas razões, segundo um artigo do Jornal Brasileiro de Psiquiatria: quem tem a doença acumula objetos e tende ao isolamento por ser desconfiado e não por desejar ser autossuficiente.

Assim, a síndrome é uma desordem caracterizada por extremo auto-abandono, retraimento social, apatia e acumulação compulsiva de lixo. Estudos ainda não são conclusivos com relação as causas da doença.

No entanto, muitos cientistas acreditam que a síndrome é uma reação ao estresse. Além disso, eles perceberam que indivíduos que sofreram danos no cérebro, especialmente no lobo frontal, podem adquirir Diógenes com mais facilidade. Isso acontece pois essa área cerebral está envolvida com o raciocínio, a tomada de decisão e ao controle de conflitos.

Geralmente, a síndrome ocorre entre os idosos. Segundo o Jornal Brasileiro de Psiquiatria, a síndrome de Diógenes “é uma condição grave que requer uma abordagem multiprofissional”.

  • Síndrome de Paris

Ir à Paris pode ser um sonho para a maioria das pessoas. Porém, para algumas pessoas, a cidade da luz traz experiências ruins à memória. O paciente com a Síndrome de Paris tem delírios, alucinações, sentimentos de perseguição, ansiedade e taquicardia quando visita à capital da França e outros lugares da Europa ocidental.

Ainda não se sabe as causas da doença, mas muitos cientistas acreditam que ela é, na realidade, uma experiência de choque cultural. Esta hipótese está calcada no fato de que a maioria das pessoas que têm a síndrome são asiáticos, principalmente japoneses, que estão conhecendo a cultura ocidental pela primeira vez.

Assim, pelos sintomas serem passageiros, o mal não necessita de tratamento. O que o paciente precisa fazer é ir embora da cidade o quanto antes.

  • Síndrome da Mão Alheia

Já imaginou não ter controle nenhum sobre a sua mão? Ela lhe bate, soca e belisca sem que você queira que isto aconteça. Esse é o dia-a-dia de quem sofre da Síndrome da Mão Alheia. A doença é definida como um distúrbio neurológico no qual a mão do paciente parece possuir vida própria.

Extremamente raro, o mal afeta pessoas que precisaram fazer cirurgias de separação dos hemisférios cerebrais – tratamento para pacientes com epilepsia. Além disso, indivíduos que sofreram acidentes vasculares cerebrais (AVC) também podem adquirir a doença.

Segundo o médico Michael Mosley, em entrevista à BBC, o cérebro das pessoas que têm a síndrome está em constante luta. Um cérebro normal possui dois hemisférios conectados pelo corpo caloso.

Geralmente, o lado esquerdo do cérebro tem a palavra final nas ações que realizamos. Assim, diferentemente de um cérebro normal, os hemisférios das pessoas que sofrem da síndrome são separados e têm consciência própria.

Ainda não foi encontrada uma cura para a Síndrome da Mão Alheia.

  • Síndrome do sotaque estrangeiro

Relatada pela primeira vez em 1907 pelo neurologista francês Pierre Marie, a síndrome do sotaque estrangeiro é um distúrbio da fala. Ela faz com que o paciente nativo comece a falar com um sotaque estrangeiro. Por exemplo, um brasileiro que tem a doença começa a falar português com o sotaque de um americano.

O grupo de suporte a pessoas que tem a síndrome da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, afirma que a doença é, geralmente, causada por danos ao cérebro, como acidentes vasculares cerebrais e lesões cerebrais traumáticas. Além disso, a esclerose múltipla e a desordem de conversão podem ser outras causas da síndrome.

Por ser uma doença muito rara, não existe uma cura óbvia. Testes psicológicos e ressonâncias magnéticas precisam ser feitos para encontrar qual parte do cérebro foi danificada para depois trata-la.

De acordo com um artigo publicado na revista Cortex, entre 1941 e 2009, foram registrados somente 60 casos desta síndrome em todo o mundo.

  • Síndrome do cadáver ambulante

Populares nos filmes de terror, os zumbis só existem mesmo na tela do cinema e na nossa imaginação. Algumas pessoas acreditam tanto na existência desses seres que creem que são um deles.

A Síndrome de Cotard, também conhecida como síndrome do cadáver ambulante, é uma condição psicológica raríssima descoberta em 1880 por Jules Cotard. Ela faz com que a pessoa acredite piamente que está morta. Além disso, o paciente também acha que seus órgãos estão necrosados e que seus amigos e familiares não existem mais.

A causa desta doença está relacionada à depressão pois, pessoas com a síndrome, apresentam problemas na amígdala, uma região cerebral que processa emoções. Outra parte do cérebro afetada pelo mal é o giro fusiforme. Ele é responsável pelo reconhecimento de rostos.

O tratamento para a síndrome do cadáver ambulante deve ser feito a partir de antidepressivos e sessões de terapia eletroconvulsiva (choques elétricos).

  • Síndrome da excitação permanente


Imagine a situação: "é o enterro do seu pai e você está ajoelhado ao lado do caixão, se despedindo para sempre dele. De repente, tem nove orgasmos. Bem aí, com a família toda de pé atrás de você". Esta situação foi descrita por Dale Decker, um americano que tem mais de 100 orgasmos por dia, para a BBC.

Ele tem uma doença rara, conhecida como Síndrome da Excitação Sexual Persistente. O mal afeta apenas mulheres (Decker é o primeiro caso masculino documentado) e causa uma excitação espontânea e persistente nos órgãos genitais, que nem sempre resulta em orgasmo. Detalhe: não tem nenhuma relação com sentimentos de desejo sexual.

O mal foi documentado pela primeira vez em 2001 pela médica americana Sandra Leiblum. Segundo a especialista Francisca Molero, em entrevista à BBC, entre 400 e 500 pessoas em todo o mundo têm a doença.

Pouco se sabe sobre as causas da síndrome. Porém, os cientistas acreditam que ela é causada por uma irregularidade em nervos sensoriais ou por alterações psicológicas.

Não existe cura para o distúrbio, porém ele pode ser controlado com anestésicos locais, antidepressivos para controlar a ansiedade e tratamento hormonal anti-androgénico.

  • Síndrome de Riley-Day

Você até pode querer não sentir dor quando fratura alguma parte do seu corpo. Contudo, a dor é uma qualidade sensorial fundamental para a sobrevivência do ser humano. Sentir dor significa que algum dano ou lesão está ocorrendo e isto permite que mecanismos de defesa ou fuga sejam adotados.

Apesar de a dor ser necessária para a nossa existência, algumas pessoas não a sentem. Elas têm a síndrome de Riley-Day, uma doença hereditária que afeta o desenvolvimento dos neurônios sensoriais, simpáticos e parassimpáticos do sistema nervoso. Além da falta de sensibilidade à dor, os pacientes com o mal têm febre, pneumonia e desmaios frequentes.

A doença afeta de 1 a 9 pessoas a cada um milhão de nascimentos. No entanto, a síndrome é mais frequente em judeus oriundos da Europa Central e do Leste Europeu. Como o paciente sofre de vários problemas, ele precisa de um tratamento completo conta convulsões, cirurgias para consertar ossos quebrados e remédios para gripes e outros tipos de vírus.

As pessoas com a Síndrome de Riley-Day vivem, em média, 30 anos.

  • Síndrome de Lobisomem


Este é outro ser que existe apenas nos filmes. No entanto, existem pessoas que podem adquirir características físicas parecidas com um lobisomem. Elas possuem hipertricose, uma doença popularmente chamada de Síndrome de Lobisomem, que cobre o rosto e outras partes do corpo de uma pessoa com pelos. 

O mal é tão raro que apenas 100 casos foram documentados em todo o mundo. Por isso, pouco se sabe sobre a doença. A única informação que os cientistas têm é que ela é uma mutação genética e hereditária. O tratamento que se mostrou mais eficaz, até agora, é a depilação a laser.

  • Coprolalia


Você se lembra da mulher que falava palavras obscenas involuntariamente no filme Gigolô por Acidente (1999)? Ela tinha a Síndrome de Tourette, um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais. No entanto, ela também apresentava uma característica que apenas 10% dos pacientes com a síndrome têm: a Coprolalia.

Quem tem Coprolalia não consegue controlar a fala e pronuncia palavrões ou observações socialmente inapropriadas. O nome do distúrbio vem do grego Copros (fezes) e Lalia (falar).

Os cientistas ainda não sabem a causa da doença, apenas que ela é hereditária. Além disso, não existe cura para Coprolalia, porém o paciente pode fazer um tratamento com Botox nas cordas vocais. Ele não impede que o paciente fale as obscenidades, mas que controle o volume do que que é vocalizado.

  • Síndrome de Charles Bonnet

Esta doença acomete apenas pessoas com cegueira parcial ou grave. Os pacientes com a Síndrome de Charles Bonnet têm alucinações visuais nítidas, coloridas e silenciosas. Geralmente, os distúrbios podem durar poucos minutos até horas.

Segundo o Instituto Real Nacional de Cegos, no Reino Unido, antes se pensava que o distúrbio desaparecia dentro de 12 a 18 meses após a primeira alucinação. Contudo, foi constatado que os pacientes com a doença ainda sentem os sintomas cinco anos após eles iniciarem.

A origem do nome da síndrome data de 250 atrás, quando o filósofo Charles Bonnet descreveu as alucinações sofridas pelo seu avô cego.  Ainda não se sabe o que causa os sintomas da doença e não existe tratamento para síndrome.

  • Síndrome de Ekbom

Você já sonhou que milhares de insetos infestavam seu corpo? Algumas pessoas têm esta sensação com certa frequência. Elas são portadoras da Síndrome de Ekbom, também chamada de delírio parasitose. O indivíduo acredita que sua pele foi invadida vermes, pulgas, ácaros e outros bichos. As alucinações são, geralmente, táteis e visuais.

O delírio acomete idosos e mulheres com maior frequência. Ele está relacionado com transtornos psíquicos, alterações cerebrais e ao uso de drogas. Aliás, a síndrome já foi chamada de “inseto da cocaína”, pois os usuários desta droga sentem os sintomas da doença com frequência.

Ainda não existe um único tratamento para o distúrbio. Geralmente, os pacientes recebem medicações similares às das pessoas com esquizofrenia.

  • Síndrome de Jerusalém

Esta é, provavelmente, uma das síndromes mais conhecidas desta galeria. Os principais sintomas são delírios e ideias obsessivas com temática religiosa. Mas detalhe: ela só acomete pessoas que visitam a cidade de Jerusalém. Apesar de atingir mais judeus e cristãos, a Síndrome de Jerusalém pode ser diagnosticada em indivíduos de qualquer religião.

Similar à Síndrome de Paris, a doença foi descrita pela primeira vez em 1930 pelo psiquiatra Heinz Herman. Ele notou que muitos turistas que visitavam Jerusalém agiam de uma forma estranha e delirante.

A ciência ainda não sabe o que pode causar as alucinações. No entanto, para se curar da doença, a pessoa só precisa sair da cidada sagrada.

  • Delírio de Fregoli


Similar à Síndrome de Capgras, o Delírio de Fregoli é um transtorno de identificação. Isso significa que os pacientes identificam pessoas, objetos e lugares de maneira patologicamente errada.

No caso da síndrome de Fregoli, o indivíduo tem a ilusão de que diferentes pessoas são, na realidade, apenas uma pessoa que se disfarça para persegui-lo. Geralmente, o paciente diagnosticado com o distúrbio acredita que a perseguição está associada a assassinatos, sequestros ou, até, abdução por alienígenas.

O distúrbio tem este nome em homenagem ao ator italiano Leopoldo Fregoli, famoso por capaz de encenar vários personagens na mesma peça. A síndrome foi pela primeira vez relatada em 1927 por Paul Corbon e G. Fail. Existem quatro causas para a doença se manifestar em alguém.

A primeira é o traumatismo craniano. A segunda são lesões no lobo temporal e no giro fusiforme (região cerebral que armazena informações sobre reconhecimento visual). A terceira causa é o tratamento à base de Levodopa, um remédio utilizado para tratar o Mal de Parkinson e a distonia de dopamina. A última é a amplitude anormal da memória de trabalho no cérebro.

O tratamento da doença é feito a partir de antipsicóticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.

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